Casais que se unem por um impulso estão fadados à tristeza
Por Andre Batista / Imagem: Thinkstockaabatista@universal.org.br
Recentemente, a província de Guangxi, na China, foi palco de uma das maiores confusões já vistas: uma recém-casada passou parte da noite de núpcias com o padrinho do casamento, mas só percebeu na manhã seguinte.
Tudo aconteceu quando a noiva, durante a madrugada, resolveu ir ao banheiro que ficava fora do quarto onde estava. Na volta, desnorteada pelo sono, ela entrou no quarto errado e deitou-se com o padrinho do casamento que, ao sentir a moça ali, trocou carícias e manteve relação sexual com ela no lugar do real esposo.
Obviamente a coisa não ficaria por isso mesmo. O hotel foi acordado aos gritos de "fui abusada" da mulher, que, ao despertar ao lado de um amante acidental, desesperou-se. A família do noivo expulsou o padrinho e entrou na Justiça pedindo uma indenização.
Alegando que o ato foi consensual, o padrinho se livrou da punição. E agora o casal tenta seguir sua vida.
Motivo de divórcio
Apesar de o caso ser inusitado e rodeado por particularidades e desatenções, desperta uma questão interessante: até que ponto a noiva conhecia realmente seu esposo, a pessoa com quem escolheu compartilhar a vida? Por mais sonolenta que ela estivesse, não é normal confundir o próprio marido, com quem acabara de se casar.
O filme "Meu passado me condena", por exemplo, conta a história de um casal que se conheceu, noivou e casou em 1 mês. Durante a lua de mel, os dois descobrem segredos e percebem que não se conhecem o suficiente para manter uma boa relação. No filme, existe um final feliz, mas na vida real não é bem assim.
A última pesquisa sobre divórcios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em 2011, o Brasil teve 351.153 divórcios realizados, um crescimento de 45,6% em relação a 2010. Grande parte dessas separações, justificada com um "quando eu realmente conheci meu parceiro, o amor acabou".
Casamentos precoces
Casamentos precoces são frequentes. Muitas vezes, casais apaixonados casam-se em um impulso, antes de se conhecer bem. Estudos realizados com casais dos Estados Unidos refletem uma realidade que se apresenta no mundo inteiro: atualmente, cerca de 30 mil adolescentes se casam anualmente. Em poucos anos, o divórcio surge para 60% desses casais.
Por circunstâncias que vão de impulsos da paixão à gravidez inesperada, muitos se casam sem conhecer um ao outro. Mas não é assim que se deve agir. A própria Bíblia alerta que “os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza”. (Provérbios 21.5)
O bispo Renato Cardoso, apresentador do programa "The Love School – A Escola do Amor", defende que é preciso refletir muito antes de tomar uma atitude tão importante, pois o casamento não sobreviverá apenas com relações superficiais. "Tem que haver o casamento de almas, as duas almas têm que se entregar. A alma é o sentimento, a personalidade, isso significa que deve se abrir com essa pessoa, não guardar segredo, não ocultar coisas."
Não sabemos a história dos dois chineses, mas é evidente que se ela não distingue seu esposo fisicamente, muito menos conhece seu interior. Muito provavelmente, outra noiva não confundirá seu companheiro com outro homem. Os problemas que virão com os anos, porém, podem ser tão ou mais graves.
Fonte: Universal.org
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