domingo, 13 de abril de 2014

Até quando você vai duvidar de si mesmo?

Exemplos de pessoas desacreditadas que superaram dificuldades provam que não existe caso perdido.

Por Rafaella Rizzo / Fotos: Marcelo Alves - Cedida

Em menos de um mês um jovem de 17 anos foi detido seis vezes por roubos e furtos na cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais. Dentre os crimes, o menor roubou R$ 80 de uma padaria e uma moto. O policial que atendeu a última ocorrência diz que a maioria dos menores infratores não tem medo de cometer novos crimes.
Talvez a primeira coisa que alguém pense ao ler essa notícia seja “esse aí não tem jeito, nunca vai mudar”. Afinal, nem atingiu a maioridade e está envolvido na criminalidade”.
Se muitos podem pensar assim desse jovem, o que dizer então de uma mãe que levou as filhas para as drogas? Maria Magali, de 61 anos, é essa mãe. Ela conta que, por muito tempo, viveu dominada pela bebida e era dependente química. Isso influenciou no seu casamento, que chegou ao fim, e também na vida financeira e até refletiu nas filhas. “Eu não dormia, tinha desejo de suicídio. Trabalhava, ganhava bem, mas nada fluía. Todo dinheiro era para gastar nas drogas e noitadas. Era uma vida miserável: um dia tinha comida, outro não”, lembra.
Mesmo vendo tantos erros na vida que a mãe levava, as filhas de Magali acabaram seguindo o mesmo caminho. “Nessa época eu tinha 35 anos e minhas filhas 12, 15 e 19 anos. Anoitecia e eu sentia uma vontade enorme de sair, ir para as baladas e elas pediam para ir também. Íamos para as boates, cada uma ficava com um rapaz. Eu as ensinei a cheirar cocaína”, revela, em meio a lágrimas. “Não acredito que pude fazer isso com minhas filhas”, desabafa.
Hoje Magali tem consciência do mal que fez a elas, mas todos que estavam à sua volta a condenavam e a consideravam um caso perdido, menos sua mãe, que havia ouvido na Universal que a filha poderia mudar. “Ela sempre me chamava. As minhas filhas foram primeiro e começaram a me chamar também. Até que um dia eu fui para ver no que ia dar. Estava cansada daquela vida. Assisti à reunião, houve uma oração pelos viciados. Naquele momento, abri meu coração e decidi aceitar a ajuda de Deus.”
O tempo passou e Magali foi mudando de vida, de dentro para fora. “Eu tive que recomeçar em todas as áreas.Tenho meu próprio negócio e ele está crescendo. Quando a pessoa se entrega a Ele, as coisas acontecem. Não é de uma hora para outra, você tem que buscar, mas Ele está sempre de braços abertos para nos receber, não importa quem você seja. Hoje estou de bem com a vida.”
O bispo Edir Macedo explica que, apesar de muitos não acreditarem, Deus está sempre disponível para aqueles que O invocam e que Ele acredita no ser humano. Mas, para que mudanças práticas aconteçam, é preciso que cada um faça a sua parte. “Deus tem um plano para cada um, mas isso não significa que precisamos ficar esperando que Ele venha realizá-lo por nós. Se queremos que esse plano se concretize em nossas vidas, não há outro caminho a tomar, senão nos associarmos com Deus através de uma aliança eterna”, afirma.
Foi essa aliança que outra pessoa desacreditada, Anderson Silva, de 21 anos, fez. Era usuário de drogas como maconha, cocaína e lança-perfume, deixava mais da metade do salário nos vícios e tinha uma vida sentimental conturbada. “Eu cresci muito sozinho, sem família. Acho que isso colaborou para que eu seguisse o caminho errado. Além das drogas, eu bebia muito, de segunda a segunda. Cheguei a tomar álcool de posto. Nenhum relacionamento dava certo para mim. Eu comecei a perder várias coisas na vida, como o emprego e até o desejo de viver. Eu não acreditava mais em mim, não conseguia parar com as drogas, achava até que eu não tinha mais jeito”, relembra.
Mas essa situação mudou quando Anderson aceitou um convite para ir a uma reunião na Universal. Além de vencer os vícios, ele descobriu que tinha talento para ser lutador profissional. “Fiz as aulas de boxe no Força Jovem, tive acompanhamento para aprender o esporte. Nunca tinha lutado antes, mas com sete meses de treino venci minha primeira luta no maior campeonato brasileiro, a Forja de Campeões, na modalidade meio pesado. Eu comecei a acreditar em mim, vi que tinha potencial e que Deus é comigo”, conclui.
 

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