terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O termômetro de um casal.

Como um simples beijo pode revelar o estado emocional de um relacionamento.

Respiração irregular, coração acelerado, pupilas dilatadas... esses são só alguns dos sintomas de um bom beijo, um dos gestos mais antigos da humanidade e que traduz muitos sentimentos.
As sensações contidas em um beijo são muitas, assim como seus significados. Durante um beijo, hormônios responsáveis tanto pela diminuição do estresse como pelo aumento da sensação de prazer são liberados.
Recentemente, um dos maiores sites de relacionamento do Brasil realizou uma pesquisa com 2,2 mil usuários e revelou aspectos interessantes sobre o beijo, tanto para homens como para mulheres. Mais de 80% deles consideram a qualidade do beijo na hora de decidir se continuam ou não em um relacionamento, e para a mesma porcentagem o beijo é fundamental em um relacionamento.
A pesquisa ainda revelou que o que mais atrapalha o sexo entre o casal é a falta de carinho, e nesse quesito muitas mulheres se queixaram que o beijo só costumava acontecer quando o parceiro queria sexo.
Temperatura baixa
No início do relacionamento, a vontade de beijar não cessava. Eram beijos intensos e apaixonados. Chegou o casamento e a rotina transformou todo aquela ardente demonstração de afeto em um simples beijinho de vez em quando, quase nunca.
É possível observar o beijo como um termômetro afetivo do casal. “Todas as formas de carinho são bem-vindas dentro do relacionamento conjugal para expressar a importância de um para o outro, sendo o beijo a principal delas, na minha opinião, pois é o que mais implica envolvimento afetivo. Ele tem o poder de despertar inúmeras reações, inclusive estimular o desejo sexual, conforme relatado no livro bíblico de Cantares. A história de amor vivida por Salomão e a Sulamita expõe o valor das carícias em um relacionamento, como citado: ‘ Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho’ (Cânticos de Salomão 1.2), destaca o bispo Domingos Siqueira, casado há 23 anos com Núbia Siqueira (foto ao lado).
O bispo ainda ressalta que o amor precisa ser cultivado todos os dias por meio de gestos carinhosos. “Não é porque estamos casados que não devemos revelar ao outro o quanto ele continua sendo desejado e amado. Investir no beijo, no olhar, no falar de forma carinhosa, torna o casamento como um banquete a ser desfrutado ao longo dos anos. Não caia nas ciladas da rotina, da correria e das pressões da vida, que lentamente podem esfriar seu relacionamento. O beijo é uma etapa importante que não pode ser pulada, senão há o risco de a mulher se sentir usada.” E ele dá uma dica: “Os casais não precisam ficar no ‘selinho’. Invista em ‘beijos calientes’, que os una cada vez mais em intimidade.”

Com eles é na base do beijo
José Carlos, de 46 anos, e Rita Silva, de 47, casados há 26 anos (foto ao lado), lembram que na fase do namoro e do noivado, que durou 3 anos, os beijos revelavam toda a paixão que começava. “Nosso beijo era como um vulcão em erupção. A gente não se fadigava de namorar”, diz José Carlos. “Era um beijo ardente, de esperança de uma vida a dois, uma certeza de ter encontrado a pessoa certa”, completa Rita.
Porém, com o casamento e o tempo, o vulcão pareceu adormecer. Ele revela que os beijos, que aconteciam em raros momentos de tranquilidade, demostravam toda a infelicidade que o casal vivia. “O beijo era muitas vezes mecânico, sem prazer. A separação era certa e eu passei a traí-la e desprezá-la.”
Para restaurar essa troca de carinho no dia a dia do casamento, eles tiveram que rever o que acontecia.  “As coisas começaram a mudar quando ela foi à Universal e passou a frequentar as reuniões. Foram alguns anos de perseverança dela e passei a ver que algo mudou no seu comportamento. Depois de tantos convites, aceitei ir, mas ainda muito desconfiado e cheio de preconceito.”
Quando fala de como estão hoje, José Carlos não poupa entusiasmo: “Hoje é só alegria.” E a esposa reitera: “Vivemos aproveitando cada momento, trocando carinhos, confidências, companheirismo, diálogos e, principalmente, beijos e mais beijos. Isso nós só temos hoje porque Deus alicerçou o nosso casamento. Edificamos nossas vidas na rocha em Cristo.”
Para o casal, o beijo consolida o prazer de estarem juntos e os fazem apaixonados a cada dia. O beijo significa a concretização de todo sentimento de um para com o outro.
E os filhos são testemunhas desse carinho o tempo todo. “São beijoqueiros mesmo, chega a dar nervoso de solteira”, brinca a filha mais velha do casal, Carolin, de 25 anos. “Para mim, vê-los assim juntinhos inspira confiança no que Deus fez na vida deles e eu quero para o meu futuro casamento.” O caçula da família, Carlos, de 19 anos, também percebe o valor de todo esse carinho: “Eu e minha irmã temos uma estrutura familiar e meus pais têm Deus como a base do casamento deles.”
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