domingo, 16 de agosto de 2015

Filhos ou estudo: Qual é a sua prioridade?

Ter filhos, estudar ou realizar-se profissionalmente. Veja histórias de mulheres que tiveram de fazer as suas escolhas.




Conciliar estudos, gravidez e a vida profissional não é uma tarefa fácil. Para dar conta do recado são exigidos muito sacrifício, muita renúncia e até a interrupção de sonhos, ainda que seja apenas por um tempo. Será que você, mulher, está disposta a enfrentar tantos desafios ao mesmo tempo?

E quando a gravidez acontece “inesperadamente”, bem naquela fase em que a jovem ou a mulher ainda está estudando, justamente a etapa em que a rotina é sempre mais pesada? Foi exatamente o que aconteceu com a supervisora de vendas Andreia Arantes Suyama Antunes (foto abaixo), de 34 anos, casada há 16 anos. Ela engravidou da sua primeira filha, hoje com 15 anos, quando cursava o último ano do ensino médio.
“No início, até por conta da pouca idade, achei que seria fácil. Terminei o colégio, ela nasceu e eu continuei a minha vida. Recebi muita ajuda dos familiares. No entanto, assim que ela completou 4 meses, com o coração na mão e chorando muito, resolvi deixá-la em um berçário e fui dar continuidade à minha vida de trabalho e estudos. Com essa rotina toda, eu mal via a minha bebê”, relembra, explicando que trabalhar e estudar também eram suas prioridades, mas conciliar tudo foi bem complicado.
“Em uma determinada época dei prioridade à minha casa e fiquei curtindo a minha família em tempo integral. Isso durou dois anos, depois decidi voltar a trabalhar e estudar novamente. Entrei em um curso de especialização em moda e quando estava há seis meses estudando descobri que seria mãe pela segunda vez”, descreve.
Andreia conseguiu terminar o curso e, apesar de após ter o bebê se esforçar bastante para ficar mais tempo ao lado dele, logo que pôde retomou os estudos e fez mais uma graduação. “Hoje ele está com 3 anos e meio. Eu o deixo no colégio e o meu marido o busca. Acredito que priorizar 100% os filhos, a casa, o marido é extremamente importante e o mundo ideal, mas também não podemos deixar todo o resto de lado”, diz.

Mãe em tempo integral
Já Almira de Souza (foto abaixo) é mãe de quatro filhos, formou-se em duas universidades – é pedagoga e professora de história – e tem apenas 40 anos. Ela garante que hoje é uma mulher realizada. Mas durante um longo período ela teve de colocar seus sonhos e planos profissionais em um baú e enterrá-los, sem saber se iria ou não ter condições de um dia realizá-los.

Segundo conta, ela engravidou pela primeira vez bem jovem – aos 17 anos – e as outras gestações foram acontecendo em um espaço de tempo muito curto. Por isso, Almira teve que abrir mão de tudo: estudos, sonhos, carreira, já que sua prioridade era cuidar apenas dos filhos e eles dependiam exclusivamente dela.

Financeiramente não foi fácil, porque o marido sempre trabalhou muito pelo bem da família. Ela garante que, por sua vez, executava da melhor maneira o seu papel de mãe. “Foi uma escolha que fiz, da qual me orgulho muito, pois vê-los hoje encaminhados é muito gratificante e eu me virava como podia: fazia pão caseiro para eles, iogurtes, mas estava ali, acompanhando a primeira infância, auxiliando quando ocorriam as doenças dessa fase da vida, na idade escolar, vendo o primeiro dentinho cair e assim por diante”, relata.


Ela decidiu voltar a estudar em 2006, depois que as crianças já estavam mais independentes e o melhor de tudo é que teve o total apoio do marido e dos próprios filhos. Ela foi à luta. “Hoje trabalho na área de educação.Meus filhos já estão maiores, encaminhados e duas filhas já estão na universidade. Creio que todos trilharão um caminho de sucesso”, destaca.
Entre o futuro e o presente imediato
Patricia Barboza, uma das colunistas do blog da escritora e palestrante Cristiane Cardoso, está acostumada a lidar com diversas situações relacionadas às mulheres. Segundo explica, para muitas mulheres ser mãe não era o plano a curto prazo, outras nem sequer cogitavam a ideia, mas muitas se veem em um impasse diante de uma gravidez inesperada e com o projeto de vida em andamento.

E agora? O que fazer? Como conciliar tempo, dinheiro, energia e, principalmente, a atenção integral que um bebê necessita? Patricia orienta que “o primeiro passo é entender que nunca mais a vida será a mesma. Renunciar é algo singular da maternidade e a responsabilidade cabe exclusivamente aos pais. Ainda que existam pessoas que ajudem nessa tarefa”, explica.

Nos primeiros anos de vida da criança, época em que a personalidade é formada, é imprescindível a presença física dos pais, principalmente da mãe, que supre de forma física e psicológica as necessidades do bebê, afinal, não há substituta, nem ‘mãe reserva’, ressalta Patricia. Ela dá um conselho: defina prioridades. Existem momentos que podem ser adiados e retomados posteriormente. No entanto, a primeira infância de uma criança não se rebobina ou se supre mais adiante”, diz.
Para mais informações a respeito do Godllywood, acesse o site do projeto: godllywood.com

Fonte: Universal.org

 

Nenhum comentário: