Ivonete Soares
ivonete.soares@folhauniversal.com.br
“Acidente envolvendo motociclista e automóvel tira a vida de um homem (que pilotava a moto) em uma das avenidas de Parelheiros, bairro do extremo sul de São Paulo.” O ocorrido, que seria mais um para constar nas estatísticas do trânsito violento das grandes metrópoles, não foi um fato comum, ao menos no que diz respeito ao aspecto espiritual.
Com o choque, o rapaz morto no acidente foi decapitado e teve o coração arrancado, o qual ficou pulsando na calçada de uma forma assustadora. Conhecido como “obreiro Josivaldo” na década de 1980, o homem que perdeu a vida neste trágico acidente estava longe dos caminhos de Deus há pelo menos 10 anos, conforme explica uma antiga conhecida dele, também obreira da Igreja Universal do Reino de Deus, Maria Sueli Brito de Oliveira, de 35 anos.
Conforme relata, ela conheceu Josivaldo quando ele ainda era um obreiro da Igreja Universal na antiga sede de Parelheiros, na Estrada da Colônia.
Sueli lamentou a morte do ex-colega que, segundo afirma, era um obreiro dedicado, que estava sempre junto da família, evangelizava, era frequente e presente em todas as reuniões e, aparentemente, não mostrava qualquer problema. “Infelizmente, acredito que ele se deixou levar pelas circunstâncias; deixou de olhar para o Senhor Jesus e passou a olhar para o homem, esfriou e permitiu que a sua vida espiritual fosse afetada. Com a saída dele, a esposa também acabou esmorecendo e saindo da Igreja. Chegamos a visitá-los algumas vezes, porém, ele pediu que não fôssemos mais, e nós respeitamos. Depois, não soubemos mais dele, só mesmo com o trágico acontecimento”, descreveu.
Infelizmente, é assim que muitos obreiros se encontram nesse momento: fracos, debilitados e muitos já estão caídos, espiritualmente falando, há tempos. Outros, porém, se afastaram completamente, saíram da presença de Deus, da Igreja, e hoje vivem na mais lastimável condição de vida.
O acidente com este ex-obreiro chocou a todos, tanto que o bispo Edir Macedo, líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, recebeu um vídeo com as imagens captadas logo após a fatalidade e, recentemente, compartilhou-o em seu blog pessoal (http://www.bispomacedo.com.br), a fim de alertar a todos sobre os perigos de relaxar na vida espiritual. Logo em seguida, recebeu centenas de comentários de pessoas afastadas, que expressavam o desejo de voltar para Deus. O bispo, também destacou a importância dos obreiros cuidarem da vida espiritual.
“Eu vi o que muitos ex-obreiros escreveram. São pessoas que um dia estiveram na fé, mas se deixaram levar pelos problemas e voltaram para o mundo. A imagem mostrada não é para fazer terrorismo, mas, sim, para trazer a todos uma reflexão”, disse.
Para o bispo Sérgio Corrêa, atual responsável pelo corpo de obreiros da Igreja Universal em todo o País, a principal razão que leva um obreiro a um esfriamento e, consequentemente, à queda, é quando ele deixa de priorizar a sua vida espiritual, deixa de buscar a Deus e de observar as suas atitudes e procedimentos diante da vida. Esta vigilância, alertou o bispo, é imprescindível quando o assunto é vida espiritual. Por isso, ele aconselha.
“A vigilância tem de ser constante, o obreiro tem de estar sempre atento às atitudes, aos sentimentos, às reações diante das adversidades, das tribulações e dos desertos. Ele precisa compreender se o que está sentindo, falando ou pensando vem de Deus. A vigilância começa do dia em que a pessoa entrega a sua vida a Jesus até a sua partida deste mundo”, orientou.
E quando a Palavra de Deus – que criou os céus e a terra – não consegue mais surtir efeito na mente e no coração deste obreiro, ressaltou o bispo, a quem ele temerá? “Por isso, quando ele se afasta de Deus, acaba se tornando inconsequente. E o diabo, que outrora o vivia ameaçando, encontra espaço para agir. Portanto, cabe a cada um de nós cuidar da vida espiritual para que essas promessas não prosperem”, alertou.
“Parecia impossível ele voltar”
Leandro e Alileia Pereira, de 35 e de 33 anos respectivamente, passaram situações terríveis ao se afastar de Deus. Eles, que foram obreiros ainda bem jovens, aos 15 e 17 anos, se afastaram alguns anos depois. Leandro foi o primeiro a sair, tendo vivido 14 anos completamente longe de Deus. “Nossa vida virou um caos”, afirma a esposa que, apesar de não sair definitivamente da Igreja, foi afetada pelo estilo de vida que o marido
resolveu levar.
resolveu levar.
Da água para o vinho
“Nesse período ele fez de tudo, traiu-me com várias mulheres, inclusive, chegou a usar drogas, viciou-se na bebida alcoólica, me maltratava, me humilhava, enfim, chegou a um estágio em que eu pensei: ele não tem mais jeito, pois se transformou num homem arrogante, agressivo e irredutível”, confessa, lembrando que, um dia, porém, após preparar uma festa surpresa para ele, algo tocou o seu coração.
“Ele chegou em mim e disse que voltaríamos para a Igreja. Eu costumo dizer que ele é um milagre, afinal, era praticamente impossível, aos olhos humanos, ele voltar àquele primeiro amor, mas hoje é um homem completamente diferente. Eu e ele voltamos para a presença de Deus e há 2 anos estamos como obreiros e, verdadeiramente, na fé”, finalizou a esposa, ao lado do marido e do filho, hoje uma família feliz e realizada, cuja vida é pautada em Deus.
Colaborou: Thais Toledo
Fonte: Arcauniversal
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