quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Perigo silencioso: conheça a história de quem lutou contra a anorexia e a bulimia.

Transtornos alimentares são doenças que aparentemente começam com uma simples dieta. Identifique o problema e livre-se dele.

 
Os pais não entendiam por que Vanessa ia ao banheiro todo dia após as refeições. (foto abaixo) Mal tiravam os pratos da mesa e ela já corria para o toalete. Eles sabiam que algo errado estava acontecendo, mas o que poderia ser?
Na mente da jovem só passava um pensamento: de que ganharia mais peso enquanto a comida ficasse no seu estômago. “Eu vomitava. Toda vez que ingeria algum alimento ou até mesmo um simples copo d’água me sentia mal e induzia o vômito. Depois me trancava no quarto”, lembra Vanessa Gonçalves, que hoje tem 34 anos e trabalha como consultora de beleza.
Segundo ela, não foi apenas a preocupação com a aparência que influenciou a obsessão em emagrecer. “Estava com 24 anos e não conseguia arrumar trabalho. Desempregada, fiquei com baixa autoestima e com depressão. Essa tristeza fez que eu me achasse gorda e feia. Coloquei na minha cabeça que, se vomitasse as refeições, seria mais feliz e mais bonita”, conta.
Com 11 quilos a menos, seu corpo magro e sua aparência de doente chamavam atenção de todos. “Eu nunca fui gorda. Na verdade, descontei todas as minhas frustrações na aparência. Esses episódios duraram pouco mais de um ano, o suficiente para que eu vivenciasse terríveis consequências”, relata.
Ausência da realidade
Segundo a psicóloga Viviane Cristina Santos Silva, quatro em cada 100 pessoas têm transtornos alimentares conhecidos como anorexia e bulimia. “A anorexia está associada a traços de ansiedade e se caracteriza pela perda excessiva de peso em pouco tempo. A bulimia apresenta traços de depressão e baixa autoestima, caracterizados pelo arrependimento da ingestão de alimentos. O indivíduo sofre uma despersonalização de si mesmo”, afirma.
Essa despersonalização significa ter sentimentos de irrealidade, como os que Vanessa tinha. “Eu me olhava no espelho e enxergava uma mulher obesa. Contando assim até parece surreal, mas era isso mesmo que acontecia. Eu estava absurdamente magra, só que me via muito gorda”, recorda.
As alterações de percepção da realidade são perigosas porque podem ter consequências fatais. “Além de serem doenças crônicas mais comuns entre os adolescentes, esses transtornos costumam levar à morte cerca de 2% dos que dela sofrem, na maioria dos casos por desnutrição ou suicídio”, diz a psicóloga.
E se engana quem pensa que a patologia atinge apenas mulheres. “A anorexia é mais recorrente em garotas de 12 a 18 anos, enquanto a bulimia é mais comum entre as de 16 e 25 anos. Mas quase 10% do total de casos são do sexo masculino, na mesma faixa etária feminina”, ressalta Viviane.
A mudança
Na maioria dos casos, quando os familiares percebem a mudança comportamental logo procuram ajuda médica e foi assim com a jovem. “Meus pais descobriram que eu estava vomitando intencionalmente. No começo, se mostraram decepcionados, mas perceberam que eu estava sem vontade de viver e me levaram ao psiquiatra. Tomava antidepressivos e remédios para dormir. Fiquei viciada nos remédios e meus hábitos não melhoravam”, revela.
Segundo um estudo divulgado recentemente na revista científica Nature Neuroscience, há um motivo pelo qual tratamentos medicamentosos não são a única solução para quem tem esses distúrbios: eles não são capazes de mudar o pensamento.
O autor da pesquisa, B. Timothy Walsh, afirma por que os tratamentos comumente utilizados não funcionam: “hábitos têm de ser substituído”, explica. E foi só quando essa mudança aconteceu que Vanessa encontrou a cura. “Meus pais buscaram ajuda espiritual para mim na Universal. Eu só ficava na minha cama, chorando o tempo todo. No dia do meu aniversário minha mãe pediu muito para que eu fosse com ela à Universal. Ninguém me forçou a nada e aquela primeira palestra me fez perceber que estava entendendo a vida de uma forma errada”, explica.
Foi como se a “ficha dela tivesse caído”. A jovem passou a se enxergar no espelho como realmente estava, extremamente magra, cadavérica e com um semblante triste. “Não me reconheci. Naquela hora tomei a decisão de mudar e passei a frequentar a Universal todas as semanas e a ter uma orientação nutricional. Depois de cinco meses eu estava saudável, trabalhando e com a certeza de que eu precisava me amar e me respeitar para ser feliz”, diz.
Apoio da família
Os transtornos alimentares podem ser causados por muitos motivos e a ausência do bom relacionamento familiar pode ser um deles. “Os pais influenciam muito as atitudes dos filhos e o período entre a infância e adolescência é crucial para que exista diálogo, uma vez que a tendência desses jovens é se afastar. A observação e o controle da pressão que se exerce é fundamental para criar um bom relacionamento e uma parceria. Pais devem ser boas referências”, orienta a psicóloga.
Quando se está passando por alguns desses distúrbios é preciso reconhecer o problema e buscar ajuda. Identificar os sintomas, transformar a forma de ver o mundo e investir em uma fé que dê forças são aliados para vencer. Por isso, cuide e valorize o bem mais precioso que você tem: a sua vida.
O Godllywood visa auxiliar mulheres em toda e qualquer situação, desde que ela deseje realmente ser auxiliada e moldada para uma mulher melhor. Conheça mais sobre o grupo e saiba como participar dos projetos clicando aqui.

Fonte: universal.org

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