Embora a adoção seja uma saída para diminuir as consequências danosas de mães que abandonam filhos, a disponibilidade de uma nova família para a criança no País só é considerada após esgotadas todas as possibilidades de acolhimeto por parentes. Segundo Sheila Daniela Medeiros dos Santos, pedagoga e doutora em psicologia educacional, nos anos 90 os juizados de infância e algumas associações de pais adotivos no Brasil aprofundaram esta ideia, dando ênfase no princípio de convivência familiar em vez da adoção.
“Escândalos ligados à adoção internacional durante os anos 80 chamaram a atenção para o perigo de a adoção ser um pretexto para desapropriar famílias pobres de seu mais precioso recurso: os filhos”, diz Sheila. Segundo o artigo 23 do Estatuto da Criança e do Adolescente, nenhum pai ou mãe pode ter seu poder familiar destituído por causa da pobreza.
De acordo com o último balanço do Cadastro Nacional de Adoção, do Conselho Nacional de Justiça, existem 7.949 crianças brasileiras aptas a serem adotadas. Ou seja, se encontram destituídas do poder familiar. Os dados, referentes ao dia 3 de dezembro de 2010, indicam também que há 30.378 pretendentes à adoção já cadastrados.
São Paulo permanece na liderança como o Estado com maior número de pretendentes à adoção: 8.020 para 1.538 crianças e adolescentes cadastradas. As mulheres interessadas em entregar os filhos para adoção devem se encaminhar à Vara da Infância da cidade.
Fonte: Folha Universal
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