segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Obreira de 100 anos É Exemplo.


Nascida no Piauí, em 2 de julho de 1913, Maria Rosa Silva é a obreira mais antiga da Universal da Bahia. Ela é parte desta grande família muito antes dos templos grandiosos e com ar-condicionado.
Ela teve de passar por prostitutas, usuários de drogas e moradores em situação de riscos, para frequentar o primeiro templo baiano da Universal. Ele estava localizado bem no centro de Salvador, na Rua do Tijolo, em um subsolo, onde ao lado era descartado lixo, razão pela qual ratos e baratas circulavam por toda parte.
 
 
Início da caminhada
Aos 67 anos, depois de morar em Sergipe, Rosa se mudou sozinha para a Bahia. Na capital baiana, ela começou a trabalhar cozinhando e vendendo refeições, na Baixa dos Sapateiros. O local era muito famoso pelo forte comércio. Lá ela ouviu falar de uma reunião para pessoas que desejam um milagre, uma mudança total de vida. Na época, Rosa sentia uma inexplicável tristeza que não a deixava em paz.
Curiosa, ela foi ao templo na Rua do Tijolo, onde uma multidão se aglomerava nas escadas para ouvir o que os pastores pregavam e, ali mesmo, participavam das orações. Foi após o clamor pela cura que toda angústia foi embora e, a partir deste dia, ela não deixou mais de frequentar aquele templo, o que fazia quase todos os dias. Naquele mesmo ano, 1980, foi chamada para ser obreira da Universal. Sua alegria era ajudar as pessoas, contribuir com a limpeza do local e fazer algo que lhe dava muito prazer: o almoço dos jovens pastores.
O trabalho realizado pela Universal no centro de Salvador não era só feito de alegria. Rosa teve de enfrentar os perigos de um local com pouca iluminação, limpeza e segurança. Saíam sempre em grupo, com membros e outros obreiros.
 
 
100 anos de amor e fé
Em 2013, Rosa completou 100 anos de idade. Com simpatia e serenidade, há 33 anos vestindo o uniforme de obreira, que já foi renovado algumas vezes, ela lembra que um dos momentos mais marcantes que viveu na Universal foi a prisão do bispo Edir Macedo.
“Aquela situação me revoltou. Eu logo clamei a Deus por justiça em favor do meu bispo. Eu vi tanta gente mudando de vida através do trabalho que fazia na igreja. Como ele poderia ficar atrás de grades, em uma prisão? Mas, Deus o libertou e acredito que ele saiu de lá mais forte e nós também”, disse Maria Rosa.
Mesmo com um século de vida, a satisfação da obreira é servir. Ela atende as pessoas na igreja e faz questão de chamar os obreiros que evangelizam aos domingos para almoçar em sua casa após a reunião.
“Gosto de contribuir, de fazer parte deste trabalho. Confio em Deus. Ele tem me mantido viva. Ao meu Senhor dedico toda minha vida e gratidão”, disse a obreira centenária que participa das vigílias promovidas para os obreiros com uma disposição que falta em muitos jovens.
Rosa é a obreira com mais idade entre o 16.700 obreiros da Bahia. Como ela, existem pessoas que acreditam que o trabalho voluntário chega a ser um privilégio.
Mais que uma ação voluntária, o trabalho do obreiro simboliza o amor à propagação do evangelho de Jesus Cristo e a tudo que envolve tal propósito. Representa amor e respeito ao próximo, sem nada esperar receber em troca. O resultado é a alegria de fazer parte da transformação positiva, da superação e do crescimento de pessoas com as quais não possuem vínculo algum.
Muitos obreiros da Universal começaram a se dedicar ao trabalho voluntário da instituição por sentirem o desejo de reproduzir o mesmo afeto e atenção que receberam. Alguns deles se sentiram adotados e adotaram a instituição como família.
 

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