domingo, 26 de abril de 2015

Qual é o seu deserto?

Seja qual for, o tempo de permanência nele dependerá da sua reação durante a travessia

Talvez você esteja enfrentando o mesmo problema há muito tempo. Entra ano e sai ano e ele continua aí, tirando a sua paz.  Você coloca a fé em ação, ora, jejua e nada.  Até melhora por algum tempo, mas quando menos espera, lá está ele novamente.  Então você reclama com Deus: “Poxa, Deus, até quando eu vou ter que suportar essa situação? Porque o Senhor não me responde? Será que o Senhor não está vendo meu sofrimento? Eu não aguento mais!”
A impressão que você tem é de que Deus virou as costas para você e lhe abandonou no deserto.  
Foi exatamente isso que o povo de Israel pensou quando Deus o tirou da escravidão do Egito e o levou para o deserto, a fim de conduzi-lo à Terra Prometida.
Por falar em deserto espiritual é bom esclarecer que existem dois tipos: aquele ao qual somos levados pelo Espírito Santo, a fim de nos moldar, nos estruturar e nos preparar para realizar o propósito dEle em nossa vida; e o outro,  em que nós mesmo nos colocamos por causa da teimosia do nosso coração,  da nossa incredulidade, por nos recusarmos a ouvir  a voz de Deus,  abrir mão da nossa vontade,  negar o nosso eu.
Quando isso acontece, a única coisa que Deus pode fazer é esperar que  você se arrependa, se humilhe e se coloque na dependência dEle. Enquanto isso não acontecer, você vai permanecer no deserto.
O tempo que permaneceremos no deserto, seja ele qual for, dependerá da nossa reação enquanto estivermos nele.
Em que você está falhando?
No caso do povo de Israel, Deus já havia prometido colocá-los numa terra que mana leite e mel, mas dependeria deles tomar posse dessa promessa ou não. Era o proceder deles durante a caminhada pelo deserto que determinaria se a promessa se cumpriria. E foi exatamente aí que eles falharam, e talvez seja no que você também está falhando.
Toda vez que Deus quer entregar algo em nossas mãos, Ele nos leva para o deserto – nos coloca diante de situações difíceis, a fim de nos provar, nos estruturar e nos fazer fortes. E é justamente nesse período que somos ou não aprovados.
Não sabemos exatamente quanto tempo o povo de Israel levaria para chegar à Terra Prometida se não tivesse sido tão “cabeçudo”. A Bíblia não faz menção a isso, mas com certeza não seriam 40 anos.  Talvez dias ou meses, não sabemos.
Toda vez que murmuramos, que somos desobedientes, rebeldes e ingratos, estamos retardando a nossa bênção, a nossa entrada na Terra Prometida (a transformação da família, a realização na vida amorosa, o batismo com o Espírito Santo). No caso dos hebreus, eles não só retardaram como também não alcançaram a promessa.
Apesar de terem presenciado e provado do poder de Deus, da forma poderosa que Deus os livrou das mãos do faraó, ainda assim, na primeira dificuldade, eles começaram a murmurar e a duvidar da promessa de Deus, a ponto de desejarem voltar à escravidão do Egito (Êxodo 16.2,3).
Será que não é isso que você está fazendo?
Toda vez que você permite que pensamentos como: “Poxa, quando eu não era convertido eu tinha isso, tinha aquilo, vivia rodeado de amigos, e agora que eu estou buscando a Deus, parece que as coisas pioraram”, está sendo tão ingrato, tão rebelde, quanto foi o povo de Israel, e por isso também tem permanecido no deserto, dando voltas e mais voltas, enfrentando o mesmo problema há anos.
É como se tudo o que Deus fez na sua vida até então não tivesse nenhum valor. A paz interior, a alegria mesmo em meio às dificuldades, a libertação dos vícios, da depressão, do desejo de suicídio, tudo isso não representa nada. Muito menos o sacrifício do Senhor Jesus.
Durante 40 anos Deus tentou moldar aquele povo, torná-lo espiritualmente forte, maduro. Mas eles resistiram à Sua voz, foram teimosos, recusaram-se a se submeter à vontade dEle. Em vez disso, agiram como crianças mimadas. E por isso morreram no deserto, mesmo tendo recebido a promessa.
Somente Josué e Calebe entraram na Terra Prometida, porque não se deixaram corromper, mas confiaram no Deus que os tinha livrado com mão forte do jugo de faraó.
E você? Vai continuar na teimosia do seu coração e morrer no deserto como o povo de Israel? Ou vai ser como Josué e Calebe, que não permitiram que o deserto sugasse as suas forças e a sua confiança no Deus que os havia tirado com mão poderosa do Egito?
Quem decide é você. Deixe um comentário nos contando sobre a sua escolha.

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