domingo, 17 de maio de 2015

Ela já tem filhos. E agora?

Saiba qual é o lugar e o papel de um padrasto.


De repente, a mulher que você ama diz que está grávida. Você fica feliz. Mas, em seguida, ela explica que o filho não é seu. Tente colocar-se no lugar de José, um simples carpinteiro que teve a honra de ser o padrasto do próprio Senhor Jesus em pessoa. Acha que foi fácil?
Não foi. Tanto que José pensou em “se mandar” e deixar Maria abandonada à própria sorte, em um tempo em que uma mulher solteira engravidar era uma catástrofe social para ela. Mas, em sonho, Deus deixou bem claro para aquele homem que a gravidez da jovem era mesmo obra dEle. A partir dali, José protegeu a esposa e aquele que, em seu coração, era seu filho. Fugiu com eles pelo deserto quando exércitos os perseguiam. Comprou aquela briga contra um governante poderoso e perigoso. Protegeu e foi provedor daquela família. Ensinou o menino a ser um bom carpinteiro, que respeitava aquele senhor como seu pai na Terra, embora soubesse de quem Ele realmente veio.
Dos tempos bíblicos para cá, continua muito comum um homem assumir um compromisso com uma mulher que já tenha filhos de outro relacionamento. Administrar a função de padrasto não é fácil, mas é possível quando existe amor entre o casal.
Se for o seu caso, caro leitor, o que você pode fazer para entender qual é o seu lugar? Pesquisadores do curso de serviço social da Brigham Young University (BYU), de Idaho, nos Estados Unidos, realizaram um estudo e chegaram a algumas conclusões que podem dar “uma mão” nesse assunto, como você verá a seguir.
Reconhecimento do “terreno” – analise se a relação entre a mulher e os filhos é respeitosa. O pretendente a marido e padrasto deve conhecer previamente a rotina, o convívio e até os problemas já existentes naquela família, pois, ao começar o relacionamento, fará parte disso tudo.
Saiba o seu lugar – ninguém substitui um pai. Esse lugar já tem dono. O que você deve querer é ser considerado um grande amigo e reconhecido como o marido da mãe da criança ou jovem. É muito importante que essa hierarquia seja respeitada para o bom funcionamento da família. É claro que, dependendo do modo como você lidará com as crianças e adolescentes, eles podem considerá-lo futuramente um pai – lembra-se do ditado “pai não é só quem gera, mas quem cria”? Mas isso é consequência e não objetivo nem obrigação dos enteados.
“Você não é meu pai” – ouvir isso é indesejável, mas possível. Pode ser, inclusive, por ciúme das crianças em relação à atenção que a mãe deles dá a você. Ah, muito importante: se você também já tem filhos, procure se dedicar igualmente aos seus e aos da esposa. Padrasto, enteados, mãe e parentes da mãe devem aprender que todos têm o seu lugar e importância nessa família. O homem tem de se impor, mas com respeito. Portanto, tome sua posição e reconheça a sua importância.
Depende de todos – uma relação saudável não é responsabilidade só do padrasto, mas também da esposa e dos enteados. A mãe deve intermediar a relação entre os filhos e o novo membro da família. O homem deve ajudar a esposa a criar as regras básicas de convivência e cuidar para que todos as respeitem.
Isso deve ser feito desde o início para evitar futuros problemas. Se o espaço e a importância de cada um forem respeitados, podem nascer laços não só de uma convivência pacífica, mas até de amor e admiração.
Respeite o tempo:
Ser reconhecido e respeitado pelos enteados não é algo que acontecerá da noite para o dia. Mas, administrando corretamente essa relação no presente, o futuro será melhor para todos: você, eles e sua esposa. Se isso for feito de um modo inteligente, determinará se os frutos serão colhidos em curto, médio ou longo prazos – ou sempre. 
Quer entender melhor isso? Veja o Desafio #35 em www.intellimen.com.
Ajuda Online:
Um executivo norte-americano se casou com uma mulher que já tinha dois filhos. Gostou tanto da experiência que resolveu ajudar outros homens que estivessem na mesma situação e lançou o site Support for Stepdads (Ajuda aos Padrastos, em tradução livre), com dicas que auxiliam inclusive pais biológicos.
Se você não domina o inglês, peça ajuda a alguém que saiba a língua ou, em último caso, apele para o tradutor do Google (www.supportforstepdads.com).
 Fonte: Universal.org

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