domingo, 4 de outubro de 2015

Abandone as máscaras.

De tudo o que ouvimos e vemos o que realmente é verdadeiro?


Um norte-americano iria submeter-se a um procedimento cirúrgico e, antes disso, buscou médicos que lhe inspirassem confiança e profissionalismo. Durante a cirurgia, esqueceu o aparelho celular ligado e o equipamento gravou o áudio de tudo o que aconteceu enquanto ele estava anestesiado.

Ao ouvir a gravação, deparou-se com comentários ofensivos e difamatórios dos profissionais em relação a ele. A anestesista, por exemplo, o chamava de “covarde” e “retardado”.
Ele sofreu com os ataques infames de assistentes e médicos, sendo que os últimos planejavam até mesmo evitá-lo em sua consulta de retorno.

O ocorrido foi relatado no jornal The Washington Post e aquela equipe foi levada ao tribunal. O caso transformou-se em um conhecido processo por difamação e práticas médicas inapropriadas. O paciente ganhou uma indenização de US$ 500 mil, mas precisará de muita coragem para confiar nos médicos de novo.

Os fatos que acontecem no dia a dia têm o poder de atestar aquilo que nós já sabemos: os princípios e valores humanos afundam cada dia mais rapidamente e está escasso encontrar respeito e ética até onde a lei os exige.

Extraindo desse fato uma lição, eu não posso deixar de pensar nas muitas atitudes e palavras que compõem a nossa vida. De tudo o que ouvimos e vemos o que realmente é verdadeiro?

Reprovamos imediatamente o comportamento dos médicos, mas altas doses de “hipocrisol” são comumente ingeridas para a convivência diária com os outros em todas as esferas sociais, infelizmente. Os exemplos são muitos. A mulher é nervosa com o marido e paciente com o chefe; é corretíssima na igreja e dá mau exemplo no trabalho. O homem é ausente e avarento em casa, mas no trabalho é gentil, prestativo e, com os amigos, é generoso e presente. O filho é grosseiro em casa, mas carinhoso com as garotas e atencioso com os amigos.

As pessoas estão usando cada dia mais máscaras para conseguir a aprovação de terceiros, pois acreditam que não é conveniente serem elas mesmas. Não estão dispostas a pagar o preço. Tudo bem inofensivo até que fingir ser quem não é torna-se algo muito natural.

Não há como ensinar uma pessoa a ser sincera, mas podemos conscientizá-la a respeito, para que dessa forma faça suas escolhas.
1- Questione sua intenção ao ter certas atitudes e, caso perceba que tem usado máscaras em seus relacionamentos, abandone-as imediatamente, antes que elas caiam;
2- Decida ser transparente, mesmo que isso lhe cause problemas. Se tiver que sofrer, melhor que seja por causa da sinceridade;
3- Devemos aceitar os bons conselhos, mas não podemos tomar decisões importantes somente apoiados na opinião alheia e muito menos para agradar a terceiros, como namoro, casamento, escolha da profissão, mudanças na aparência, etc.

Se cada um viver de modo sincero, isso extravasará para o exterior e não teremos dificuldade de influenciar as pessoas. Eu creio que ainda é possível ser verdadeiro neste mundo. Aliás, como o mundo está carente disso.

Fonte: Universal.org

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