Conheça os segredos de idosos que encaram a terceira idade com bom humor e disposição. Nossa reportagem também ouviu uma especialista que explica a importância dos bons hábitos para garantir qualidade de vida durante a velhice.
Onila Fernandes de Andrade estava aposentada há 16 anos (Foto acima) quando descobriu uma nova distração: a ginástica. Em 2011, ela passou a frequentar a programação gratuita oferecida em São Paulo pelo Calebe, grupo que promove atividades de lazer e ações sociais para idosos em todo o País.
Passados quatro anos, ela garante que o saldo é positivo. “Antes (do exercício), eu tinha dores, sentia desânimo e me cansava facilmente. Com a ginástica, sinto que meu corpo está mais leve, acabou o mal-estar. Meus pensamentos também mudaram bastante, pois converso com outras pessoas, fico mais animada”, conta Onila, que tem 75 anos.
A aposentada Conceição Vieira de Andrade (Foto ao lado) também destaca os benefícios da ginástica oferecida pelo Calebe. Em três anos, ela recuperou o equilíbrio e reduziu as taxas de colesterol ruim. “Sinto que fiquei mais fortalecida, tenho mais equilíbrio para subir e descer do ônibus. Nunca mais tive colesterol alto, meus exames estão normais. Nem acredito que tenho 73 anos, faço coisas que antigamente não fazia”, brinca.
Há alguns meses, Conceição participou até de uma prova de corrida no interior de São Paulo. “O corpo da gente é igual a uma máquina, tem que colocar para funcionar. Faço ginástica para ter saúde.”
Mais tempo de vida
A médica familiar e especialista em geriatria Cristiane Gussi diz que Onila e Conceição estão no caminho certo. Ela alerta que o aumento dos anos de vida do brasileiro traz novos desafios à população. Segundo Cristiane, todas as pessoas deveriam começar a fazer uma “poupança de saúde” para garantir mais qualidade de vida na terceira idade. A atual expectativa de vida é de 74,9 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Hoje em dia, os hábitos de vida são fundamentais no desenvolvimento da nossa saúde ou da nossa doença. A partir dos 60 anos, perde-se 10% da musculatura por ano. Por isso, a atividade física é importante, ela garante mais força corpórea e isso ajuda o corpo a combater uma possível infecção”, conta.
Ela acrescenta que mesmo as pessoas com predisposição genética para o desenvolvimento de certas doenças podem evitar ou retardar o aparecimento de problemas com a manutenção de hábitos como alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse.
Cristiane reforça que cultivar uma postura positiva diante da vida também é fundamental, principalmente para aqueles que estão chegando à terceira idade. “O que adoece o idoso muitas vezes não é a doença, mas a parte emocional, a forma como ele pensa. Muitos idosos adoecem por conta da solidão, então é importante buscar atividades fora de casa, em grupos.”
Sem solidão
O casal Jacyr Correa, de 78 anos, e Quitéria Barbosa, de 65 anos, (Foto ao lado) tem motivos de sobra para comemorar. Há poucas semanas, eles ficaram noivos durante uma reunião da “Terapia do Amor”, no Templo de Salomão, em São Paulo. Agora, eles já planejam o casamento.
Segundo Jacyr, a idade não é empecilho para começar um novo relacionamento. “Nós estamos vivos, né? O que a gente quer é ser feliz. Eu sou divorciado e ela, viúva. Eu sentia falta de uma companheira. Tem muitas coisas que a gente quer conversar e não dá para falar com os filhos”, explica.
Quitéria revela que o novo amor a ajudou a superar a perda de entes queridos. “Eu me sinto bem, graças a Deus, melhor agora que encontrei o Jacyr! (risos) Quando o conheci, estava meio triste porque muitas pessoas da minha família haviam morrido.”
Além do relacionamento, Jacyr e Quitéria fazem questão de se dedicar a outras atividades. Ela, por exemplo, faz caminhadas e gosta de preparar a comida para os dois filhos que vivem com ela. “Eu tenho 65 anos, mas ainda acho que sou uma garota de 20 anos, eu não me sinto velha.”
Jacyr costuma ouvir música clássica, frequentar reuniões da Universal, ler a Bíblia e fazer exercícios físicos com fisioterapeutas. “Nós não podemos esmorecer. Tenho uma fé muito forte dentro de mim. Eu estou sempre alegre, para que eu vou ter tristeza? Isso não resolve nada. Quando eu me levanto da cama, eu agradeço a Deus por mais um dia abençoado, por mais um dia de oportunidades”, afirma ele.
Procure o Calebe
Se você tem mais de 55 anos e quer participar das atividades do grupo Calebe, procure uma Universal mais próxima de sua casa. Confira alguns endereços na página 20 desta edição. Outra opção é entrar em contato pelo telefone (11) 5641-2320 ou pelo e-mail para calebejoaodias@gmail.com. Além de cursos gratuitos, o Calebe também oferece apoio espiritual aos participantes.
Fonte: Universal.org
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