Solidariedade, sacrifício e entrega. Estas palavras definem a atitude das pessoas que escolhem dedicar parte de seu tempo para auxiliar o próximo. E não só em ações sociais cotidianas, mas também após a ocorrência de catástrofes. Com os desastres, milhares de pessoas perdem tudo. Muitas ficam até sem esperança de um recomeço. É nesta hora que um voluntário entra em ação, pronto para ajudar no que for preciso.
Foi exatamente isso o que aconteceu nas últimas tragédias que marcaram o País. No último dia 5, as barragens de Fundão e de Santarém, que ficam no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 quilômetros do centro da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, se romperam, liberando uma enorme quantidade de lama que devastou Bento Rodrigues. Casas foram destruídas, oito mortes já foram confirmadas e 19 pessoas ainda estavam sendo procuradas até o fechamento desta edição. Cerca de 630 pessoas estão em clima de luto, tristes pela perda de amigos e familiares e inseguros com o amanhã.
Conversamos com Weberson Arlindo dos Santos, de 35 anos, operador de equipamento e instalações. Ele estava a caminho do trabalho quando, no trajeto, em uma estrada de terra, foi parado por rapazes que estavam em uma caminhonete de uma empreiteira que, desesperados, o alertaram sobre a queda das barragens.
“Na mesma hora avisei minha esposa e fui em direção do ponto mais alto da cidade para tentar fugir da inundação de lama. Minha esposa estava próxima ao bairro em que moramos e logo pegou a caminhonete para salvar os vizinhos e familiares e conseguiu resgatar nossos dois filhos e mais de 15 pessoas”, conta Weberson, que hoje luta ao lado da esposa e dos filhos para recomeçar. Eles, como tantos outros moradores, perderam tudo e esperam uma posição do governo em relação ao futuro.
Mas, mesmo em meio à tragédia, encontraram um conforto. “O que nos trouxe esperança foi o trabalho dos voluntários da Universal. Eles vieram para cá com mais de dois caminhões de mantimentos, de aproximadamente 20 toneladas. Além disso, nos deram ânimo. Foi uma surpresa para mim e para nossa família”, diz emocionado. Assim como Weberson e sua esposa, muitas pessoas que perderam tudo encontraram forças ao receber uma palavra de fé.
Segundo o bispo Antônio Moraes, responsável pelo trabalho da Universal no Estado de Minas Gerais, a participação dos voluntários é importantíssima em momentos de dor como esse. “Tragédias como essa não escolhem lugar ou horário para acontecer. Então, enquanto houver pessoas voluntárias para ajudar o próximo, a dor de quem sofre uma calamidade será diminuída”, explica.
Quem dá, recebe muito mais
A gestora educacional Jacqueline do Carmo Ferreira, de 37 anos, é evangelista há seis anos na Universal. Quando viu no telejornal a reportagem sobre a queda das barragens logo se prontificou a ir até lá. “A primeira coisa que pensei foi nas pessoas que possivelmente estavam submersas na lama. A minha prontidão em ajudar veio da vontade de dar um conforto para tantas famílias que perderam absolutamente tudo”, afirma.
Ela diz que recebe uma grande recompensa por ser voluntária. “Presenciei amor, preocupação e sede de ajudar, que foram manifestados através de doações voluntárias e generosas. Isso contagia apenas pelo prazer de poder dizer que eu não fiquei de braços cruzados”, argumenta.
A gestora diz que já participou de outras ações e vê sua atitude como um gesto de cidadania. “O melhor retorno é ouvir um ‘obrigada’ e ver o sorriso de volta àqueles rostos. Acredito que quando estendemos a nossa mão alguém também estende em nossa direção. Eu dou e recebo gratidão”, conclui.
Segundo o prefeito da cidade de Mariana, Duarte Júnior, equipes trabalham 24 horas por dia, mas o trabalho tem dado certo por conta das atividades humanitárias. “Foram os voluntários que socorreram as primeiras vítimas. Agradecemos todas as pessoas que deixaram suas casas, que doaram e que estão ajudando as famílias”, observa. Para ele, o ser humano que se preocupa com o próximo só tem a ganhar. “É por isso que tem tanta gente salva. Agradeço a Universal pela ajuda e orações que têm chegado com força à cidade de Mariana”, finaliza.
O recomeço após uma tragédia
Saindo de Minas Gerais e indo para o Sul do país, conversamos com Cristiano Caldas Peres, de 40 anos, segurança, e Graziela Mendes Cirino, de 33 anos, técnica em enfermagem. A casa deles foi uma das 35 mil residências destruídas pelas tempestades que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul em outubro.
Presos em meio ao alagamento, voluntários do grupo Força Jovem os encontraram. “Eles nos ajudaram com leite, água mineral e produtos de limpeza. Recebemos ligações, palavras de fé, tivemos muita ajuda espiritual. Sentimo-nos acolhidos e amparados”, se recorda.
Pouco mais de um mês depois, eles descobriram uma fé que não sabiam que tinham. “Estamos planejando mudar, pois não aceitamos mais passar por isso. Depois do ocorrido, nossos pensamentos mudaram e iremos em frente com a certeza de que tudo vai dar certo”, completa Graziela, que hoje frequenta a Universal com o marido.
Para o responsável pelo trabalho da Universal no Rio Grande do Sul, bispo Adilson Silva, os grupos estão presentes para fazer algo a mais. “Quem perde tudo precisa de algo além de roupas e alimentos, por isso a igreja tem levado fé para as pessoas. Ainda que alguém perca tudo, se não perder a fé, poderá conquistar mais do que perdeu”, afirma.
O poder de uma oração
A fé citada pelo bispo Adilson pode ser materializada de diversas formas, não só por meio de ações voluntárias como as já citadas, mas também por meio das orações. No mês passado, na cidade do México, a notícia da chegada do furacão Patrícia, que atingiria o país e seria o mais forte da história, deixou todos assustados.
A imprensa internacional divulgou imagens que mostravam que o furacão, antes mesmo de tocar a terra, já registrava ventos de 325 quilômetros por hora – mais potente que o tufão Haiyan, que em 2013 devastou as Filipinas. Assim que soube disso, o bispo Paulo Roberto Guimarães, responsável pelo trabalho da Universal no México, pediu para que a população entrasse em oração para que Deus livrasse todos da fúria do fenômeno.
E o milagre aconteceu: o furacão perdeu força ao avançar pelo solo mexicano. Até as autoridades do país reconheceram que “algo divino” agiu para cessar a possível catástrofe. Em discurso, o presidente do país, Enrique Peña Nieto, confessou que, para aqueles que creem, a fé do povo contribuiu para o milagre.
Comece sua ação ainda hoje
Então, não importa qual seja a situação, o poder da solidariedade e da fé provoca milagres e o que parece impossível se torna realidade. É o que afirma o bispo André Esteves, responsável pelo grupo de evangelização no Brasil. “A ação voluntária é essencial para todos. Quem pensa no próximo que está necessitado, pensa como Deus e essa é a força do nosso trabalho.”
Mas, para isso, é preciso sair do comodismo e olhar a necessidade do outro como uma oportunidade de levar ajuda a quem necessita.
Participe você também
A Universal mantém diversos projetos sociais e, por meio de seus voluntários, atua em vários setores da sociedade, com o objetivo de levar auxílio emocional, psicológico, material e, sobretudo, espiritual aos que necessitam, em asilos, orfanatos, hospitais, presídios, comunidades, entre outros locais.
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Identificou-se com algum desses projetos? Então não perca mais tempo, procure uma Universal mais próxima e obtenha informações de como se tornar um voluntário. Não esqueça: “... Mais bem-aventurado é dar que receber.”Atos 20.35